9/11/2006

Prólogo

Inglaterra, 1875. Uma enorme lua cheia paira no céu. Em um castelo afastado dos vilarejos locais, um homem e uma criatura que os olhos mortais apenas poderiam chamar de demoníaca travam uma batalha de vida ou morte.
O homem, com suas vestimentas rasgadas e ferimentos que levariam um humano comum à morte avança ferozmente ante a criatura de feições inumanas e tamanho enorme. Ele avança golpeando com uma arma peculiar: uma espécie de chicote com corrente de ferro e uma esfera coberta de cravos, que castiga severamente a criatura demoníaca.
Após uma leva de golpes, a criatura tomba de joelhos, as costas arqueadas para frente e uma das mãos no chão, deixando a cabeça visivelmente exposta. Ela levanta a cabeça para encarar o homem, respirando profunda e intensamente.
- Caçador... cof... mais uma vez vós levantais as mãos contra mim... Mais uma vez o Criador, ao teu lado, te conduz a vitória... Mas essa não será a ultima vez... uegh... cof... Desta vez eu me precavi... Vamos... Quero descansar para nosso próximo encontro... Vós jamais imaginaria o que tenho planejado.
“A língua ferina deste demônio quer me ludibriar, mas é em vão que tenta”, pensou o caçador.
- Morra, vampiro.
O caçador soltou o estranho chicote, e com uma velocidade assombrosa, surgiu diante do vampiro. Abaixou-se um pouco e curvou o braço, preparando um gancho. Todo o seu braço se incendiou e com um salto, o caçador aplicou o ganho no vampiro, incinerando a criatura.
- Burning Fist!
O demônio tombou pesadamente com o corpo envolto em chamas. O castelo as costas do caçador começou a ruir e desmoronar. O caçador olhou para a lua. Enorme no céu.
- Mais uma vez acabou. Drakhul mais uma vez foi derrotado... Por minhas mãos. As mãos de um Sacred. Eu, Devin Sacred, jurei no tumulo de meu pai que levaria o legado adiante. E honrei isso. Agora voltarei para minha Anne. Minha querida Anne. Drakhul está morto, mas outros horrores espreitam a noite. Tenho que treinar meu descendente. O próximo Sacred.
Devin pegou o chicote novamente.
- Vamos, Salazar. Hora de voltar para casa. O castelo afundou na terra no exato momento que Drakhul desapareceu em cinzas. Devin caminhava, alheio ao aviso do vampiro. Ao longe, um jovem de cabelos negro-azulados, que observara todo o embate, via Devin desaparecer na noite.
- Eu sei o que acontecerá. E estarei lá, caçador.
E o misterioso homem desapareceu, como que por mágica.